domingo, 14 de abril de 2013

*Resenha - Jane Eyre

JANE EYRE

Charlotte Brontë


Jane Eyre vive com a tia e seus 3 primos, orfã de pai e mãe e desprezada por seus parentes, Jane, é enviada para a instituição de caridade Lowood, onde ela leva uma vida quase que feliz, se torna independente e forte. Quando faz 18 anos decide partir, ela passa a trabalhar como preceptora, em Thornfield, de uma menininha chamada Adèle, pupila de Edward Rochester, homem arrogante e irônico que esconde um segredo.

Peguem a Inglaterra no século XIX, uma mulher guerreira, uma narrativa sublime, uma autora brilhante e misture tudo, então temos "Jane Eyre". Sou suspeita demais para dizer o quanto amei esse livro. Inglaterra, romance e irmãs Brontë? Só podia dar coisa boa! Jane nossa mocinha da história representa aquelas mulheres que por muitos anos lutaram por algo. Hoje somos bombardeados por personagens chamados de "mongos" e "chorões", sim tenho meus momentos depressivos que ter um destes livros ao lado me faz bem, entretanto acredito que um personagem forte e de muita personalidade seja o que me chama mais a atenção. A construção destas figuras deve ser de grande maestria, e bem, estamos falando de Charlotte Brontë, que nos passa sua genialidade através de seus romances. 
Voltando ao foco principal, Jane Eyre é uma garota de apenas 18 anos de idade que encontra sua independência, contudo aparece um homem, seu patrão, que vai vira-lhe a vida de cabeça para baixo novamente, essa sua paixão e descontentamento em torno de Edward é toda contada em primeira pessoa, ela se refere a nós como "leitor", o que me chamou muito a atenção se formos comparar com outros romances da literatura inglesa daquela época, você de certa forma se aprofunda mais ainda na história ao ponto de ler o livro em dois dias, como eu fiz, é daqueles livros que você só larga para ir dormir. Outra coisa que eu apreciei da obra, foi a delicadeza com que ela tratou o romance dos dois, muito realista, mas com um toque de contos de fada. 

"Tornei a me deitar, mas sabia que não iria dormir. Fiquei navegando, até amanhecer o dia, num mar de ondas inquietas , onde correntes de problemas passavam sob as ondas de felicidade."


Outro aspecto que não posso deixar de falar é a mistura de "mistério" em torno da história, Edward guarda um segredo, enquanto isso começam a ocorrer coisa estranhas em Thornfield o que te deixa mais intrigado e com mais vontade de ler.

"O relógio, lá embaixo, no vestíbulo bateu duas badaladas. Nessa hora tive a impressão de algo tocando a porta do meu quarto, como se mãos se apoiassem na madeira, enquanto alguém se arrastava pelo corredor escuro."
O que me desgostou um pouquinho, foi que muitos trechos eles conversam em francês, boei bonito, entretanto me incentivou a procurar o que aquelas palavras queriam dizer. 
É com um pouquinho de receio que digo que "Jane Eyre" conseguiu me cativar mais do que "Orgulho e Preconceito", da Jane Austen, que até uma semana atrás era meu livro preferido.

Como é um clássico literário, muitas editoras compraram seus direitos, mas o livro foi publicado originalmente na Inglaterra no ano de 1847, e até hoje está no mercado literário. Talvez isso indique que as pessoas devam compra-lo e desfrutar do mundo de Jane Eyre (e um pouquinho do de Brontë).


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